quarta-feira, 10 de setembro de 2008

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE



1. Síndrome de Pânico

Sintomas – Recorrência de ataques de ansiedade de curta duração.
Sintomas físicos: taquicardia, falta de ar, tonturas e sudorese. Alguns pacientes desenvolvem também agorafobia, que é o medo de passar mal em lugares públicos onde não possam ser socorridos.

Tratamento – Medicamentos antidepressivos (fluoxetina, paroxetina, clomipramina, imipramina) são eficazes para controlar as crises. Para combater a agorafobia, é necessária psicoterapia.

2. Fobias


Sintomas – Crises de ansiedade desencadeadas por situações específicas: andar de avião ou de elevador, dirigir, ir a lugares altos, interagir com animais etc.

Tratamento – A terapia do "enfrentamento", da linha cognitivo-comportamental, é considerada o tratamento mais eficaz. Consiste em expor o paciente, de forma gradual, às situações que teme.
Remédios devem ser ministrados apenas em casos mais graves: quando a ansiedade traz efeitos desagradáveis, como diarréia, ou quando a fobia impede que o paciente realize suas tarefas normais do dia-a-dia.

3. Ansiedade Generalizada

Sintomas – Expectativa, inquietude, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, alterações do sono – esses sintomas devem ser clinicamente significativos, ou seja, a ponto de perturbar a vida social ou profissional do paciente .

Tratamento – Remédios antidepressivos (venlafaxina, clomipramina e paroxetina).
A psicoterapia pode ser um poderoso recurso para ajudar o paciente a identificar as situações de ansiedade e lidar com elas.

(Continua)
4. Transtorno obsessivo-compulsivo





4. Transtorno obsessivo-compulsivo

Sintomas – Obsessões são idéias, impulsos ou imagens que se impõem de forma intrusiva à consciência, contra a vontade do paciente, causando sofrimento.
Em geral são associadas a agressão (medo de ferir ou causar um acidente), contaminação (medo de tocar objetos), dúvidas (se fechou ou não a porta ou o gás), ordem ou conteúdo sexual.
Por causa das obsessões, o paciente em geral elabora rituais (compulsões) e torna-se escravo deles.

Tratamento – Antidepressivos como clomipramina, paroxetina, fluvoxamina e sertralina reduzem os sintomas em 30% a 60%. O controle do TOC, no entanto, só pode ser obtido por meio de terapia. Com ela, o paciente é treinado a resistir às compulsões.

5. Stress Pós-Traumático

Sintomas – O stress pós-traumático em geral é desencadeado quando o paciente passa por uma situação estranha ao ciclo normal da vida: seqüestro, violência sexual, perda de parente de forma violenta, guerra, catástrofes.
Dificilmente é desencadeado por eventos como separação conjugal ou morte de parente próximo por doença. As imagens da situação traumatizante voltam de forma recorrente, gerando crises de ansiedade.

Tratamento – Combinação entre alguns antidepressivos e terapia, na qual o paciente aprende a lidar com o trauma.




TRANSTORNOS DE HUMOR


1. Distimia

Sintomas – É uma depressão leve e crônica. A distimia muitas vezes é confundida com o mau humor. O quadro patológico se caracteriza quando a visão negativa se torna incapacitante. Os distímicos podem ter prejuízos importantes na área do trabalho e do relacionamento e cometem suicídio na mesma proporção dos deprimidos graves.

Tratamentos -Num primeiro momento, são ministrados medicamentos antidepressivos, como fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram, imipramina, amitriptilina, nortriptilina, venlafaxina e mirtazapina. A idéia é aliviar os sintomas e controlar eventuais impulsos suicidas.
Num segundo momento, é recomendada a terapia para ajudar o paciente a reconstruir sua vida. Muitos distímicos se separam dos seus cônjuges ou perdem o emprego – e a terapia é importante para a reinserção social.

2. Depressão

Sintomas – Além da tristeza, do desânimo e da dificuldade em desfrutar atividades prazerosas, verificam-se lentidão de raciocínio, dificuldade de concentração, perda de memória e alterações no sono e no apetite. Nos casos mais graves, aparecem idéias recorrentes de suicídio e delírios.

Tratamento – Um deprimido tem de tomar remédios (os mesmos dos distímicos) para manter as crises sob controle e minimizar o risco de suicídio.
A terapia, nesse caso, funciona como poderoso auxiliar para diminuir a fragilidade psicológica do deprimido, equacionar seus conflitos e reinseri-lo na sociedade.

3. Transtorno bipolar

Sintomas – O paciente alterna momentos de depressão e euforia. Nas fases de tristeza, os sintomas são os mesmos da depressão. Nas de euforia, o bipolar costuma apresentar alegria exagerada, hipersexualidade, além de pensamentos fora da realidade.
Durante uma crise, o paciente pode ter, por exemplo, graves prejuízos financeiros. O transtorno ataca principalmente adolescentes e adultos jovens, e é incurável. Pode ser controlado, mas os episódios aparecem várias vezes ao longo da vida.

Tratamento – Os remédios clássicos são os chamados estabilizadores de humor. A primeira escolha continua sendo o lítio. Outras opções são valproato, carbamazepina e lamotrigina.
A terapia é fundamental, pois os pacientes têm muitos prejuízos na vida social. Atualmente, terapias psicoeducacionais, em que pacientes e seus familiares são instruídos sobre o transtorno, são consideradas altamente efectivas.



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