segunda-feira, 16 de junho de 2008

Boas notícias do cancro da mama

Boas notícias do cancro da mama
As recentes descobertas no campo da prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro da mama
Uma dor no peito deu o alerta. Maria de Jesus Fernandes, hoje com 55 anos, fez a auto-palpação do peito e sentiu um caroço no lado direito. Os resultados da biopsia acusaram um carcinoma ductal.

Pouco tempo depois, foi submetida a uma cirurgia em que lhe retiraram o tumor e uma margem envolvente de tecido normal: «Apesar de tudo, a dor no peito foi a minha sorte. Se não tivesse sentido nada, quando descobrisse, já seria tarde».

Passaram quatro anos. O caso de Maria de Jesus Fernandes é uma história de sucesso. O diagnóstico precoce evitou a remoção completa da mama, a radioterapia e a quimioterapia.

Felizmente, histórias como esta repetem-se por todo o mundo e a elas juntam-se os avanços da Ciência que oferecem novas esperanças. As que partilhamos agora consigo.

Diagnostico precoce

Quando o cancro da mama é diagnosticado a tempo, mais de 90 por cento por cento das pessoas afectadas vencem a doença. E, apesar do números de vítimas por todo o mundo serem assustadores (é a principal causa de morte entre as mulheres com 35 a 55 anos), as pesquisas científicas não param de dar boas notícias.

Veja os conselhos de prevenção que o especialista contactado pela saber viver sugere.

Graças a tratamentos cada vez mais poderosos, como os que bloqueiam o receptor hormonal do estrogéneo nas células tumorais ou os antiestrogénicos que inibem a produção desta hormona sexual feminina (todos disponíveis em Portugal), a esperança de vida das mulheres afectadas por esta doença tem vindo a aumentar.

Alargar os rastreios

A Laço (associação de voluntariado ligada à prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro da mama em Portugal) vai financiar, até 2010, a criação e manutenção de um consórcio internacional para o rastreio de uma mutação fundadora portuguesa do gene BRCA 2, um dos dois principais genes responsáveis pelo cancro hereditário de mama e ovário.

Este apoio é dado na sequência de um estudo nacional que, através de um novo método de rastreio, demonstra a existência de uma mutação fundadora do BRCA 2 que explica 10 por cento das mutações encontradas na nossa população de alto risco, que pode escapar aos métodos habituais de detecção.

A identificação de famílias positivas vai assim permitir o acompanhamento de indivíduos em alto risco e a tomada de acções preventivas. O método já é usado no IPO de Lisboa, mas é agora alargado às comunidades portuguesas no estrangeiro e a locais onde existam ancestrais portugueses, o que permite o acompanhamento completo da mutação.

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