terça-feira, 26 de maio de 2009

Aloe vera



Aloe vera
Conhecida como a planta da saúde e da beleza, o Aloe faz juz à fama que ganhou ao longo de séculos, actuando como hidratante, cicatrizante e laxante
Texto de Pedro Lôbo do Vale*
* médico

Nome Comum: Aloe
Outros Nomes: Aloe vera, Erva-babosa, Babosa, Aloe barbadense Sinónimos: Aloe elongata Murr., Aloe lumilis Blanco, Aloe indica Royle, Aloe littoralis Koen, Aloe perfoliata vera L., Aloe vera L. Var. officinalis Baker, Aloe vulgaris Lamarck, Aloe vera Tourn. ex L., Aloe vera (L.) Webb. (non Miller)

O aloe é uma planta nativa do Este e Sudeste de África. Pertencente à família das Liliáceas, o aloe cresce espontaneamente nos trópicos e é cultivado um pouco por todo o mundo, principalmente na Índia ocidental e na zona costeira da Venezuela.

Acerca do uso medicinal do aloe vera, temos, antes de mais, que fazer uma distinção importante sobre as aplicações desta planta. Assim, existem dois produtos principais do aloe: o gel, resultante da expressão da folha carnuda do aloe vera; e o aloés, que é obtido do suco desidratado da folha do aloe vera. De acordo com estes dois produtos, assim temos também aplicações, contra-indicações e recomendações diferentes.

O gel de aloe é rico em água e polissacáridos. Estes componentes fazem dele um bom hidratante, emoliente (acalma e diminui a dor e a inflamação) e cicatrizante. Devido à sua acção anti-inflamatória, imunomodeladora e até anti-viral, é também ideal para ser aplicado em feridas, queimaduras e até em eczemas e na psoríase. Além destas propriedades cosméticas e terapêuticas, o gel de aloe vera também é utilizado para preparar uma bebida, à qual a medicina popular atribui propriedades benéficas no tratamento de gastrites, úlceras gastroduodenais e até do cancro.

Os preparados à base de gel de aloe vera devem conter entre 10-70% de gel fresco. Não devem ser utilizados sobre cesarianas nem após laparoscopias, uma vez que, em alguns estudos, demonstraram ter um efeito retardador do processo de cicatrização destas feridas.

Em relação ao aloés, são essencialmente as propriedades laxativas, aquelas que ressaltam da sua aplicação na medicina. O seu elevado conteúdo em compostos antracénicos leva este suco a possuir uma acção estimuladora da secreção da mucosa intestinal e um aumento do peristaltismo intestinal. É a conversão dos compostos hidroxiantracénicos em aloe-emodina-antrona (substância activa) que permite ao aloés ter uma acção laxativa.

Página seguinte: contra-indicações e recomendações

ontra-indicações e Recomendações
No que respeita a contra-indicações sobre a utilização do aloés, há a salientar que este não deverá ser utilizado nos casos em que existe obstrução intestinal, doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn, colite ulcerativa), apendicite, dor abdominal de origem desconhecida, hemorróidas, problemas renais, menstruação e em crianças com menos de 12 anos de idade.

É ainda conveniente que a sua utilização não se faça por mais de 8 a 10 dias seguidos, sem consulta médica. Devido à perda de electrólitos, em particular de potássio, o aloés não deve ser usado em conjunto com medicamentos para o coração, diuréticos e corticosteróides. Existem ainda referências que a sua utilização também não deverá ser feita em simultâneo com o alcaçuz (também denominada raiz doce). O aloés não deve ser igualmente utilizado na gravidez e na amamentação.

retirado do Sapo.pt

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