sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

História de São Valentim





História de São Valentim


São Valentim e o Dia dos Namorados


Entre nós, o Dia dos Namorados celebra o amor, a paixão entre amantes e a partilha de sentimentos. Todos os anos, no dia 14 de Fevereiro, ocorre a azáfama da troca de chocolates, envio de postais e de oferta de flores. Muitos casais planeiam jantares românticos, noites especiais e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara-metade». Há também quem escolha este dia para se declarar à pessoa amada e também quem avance com pedidos de casamento, embebido pelo espírito do dia.




A História
O Dia dos Namorados é celebrado naquele que até 1969, era o Dia de São Valentim. No entanto a Igreja Católica decidiu não celebrar os santos cujas origens não são claras. Isto porque até nós chegaram relatos de pelo menos dois Valentim, santos martirizados, directamente relacionados com o dia 14 de Fevereiro.

As raízes deste dia remontam à Roma Antiga e à Lupercália, festa em homenagem a Juno, deusa associada à fertilidade e ao casamento. O festival consistia numa lotaria, onde os rapazes tiravam à sorte de uma caixa, o nome da rapariga que viria a ser a sua companheira durante a duração das festividades, normalmente um mês. A celebração decorreu durante cerca de 800 anos, em Fevereiro, até que em 496 d.c., o Papa Gelásio I decidiu instituir o dia 14 como o dia de São Valentim, para que a a celebração cristã absorvesse o paganismo da data.

A dúvida persiste no entanto, em saber a qual dos santos se refere este dia. Muitos acreditam tratar-se de um padre que desafiou as ordens do imperador romano Claudio II. A lenda diz que o imperador proibiu os casamentos com o argumento de que os rapazes solteiros e sem laços familiares, eram melhores soldados. Valentim terá ignorado as ordens e continuado a fazer casamentos em segredo a jovens que o procuravam. Segundo a lenda, Valentim foi preso e executado no dia 14 de Fevereiro, por volta do ano 270 d.c.

Outra lenda diz que um outro padre católico se recusou a converter à religião de Claudio II, e este mandou prendê-lo. Na prisão, Valentim apaixonou-se pela filha do carcereiro que o visitava regularmente, a quem terá deixado um bilhete assinando: «Do teu valentim» (em inglês, «from your Valentine»), antes da sua execução, também em meados do século III..


Nesta lenda, a conotação do dia e do amor que ele representa não se relaciona tanto com a paixão, mas mais com o «amor cristão» uma vez que ele foi executado e feito mártir pela sua recusa em rejeitar a sua religião.










Quando se fala de amor é inevitável falar do Cupido. Este ser alado de aparência infantil, com asas e lançando flechas directas aos corações dos transeuntes, para que se apaixonem perdidamente, é imprescindível na festa do Dia dos Namorados.
A sua história remonta à Antiguidade Clássica e às mitologias Grega e Romana.
Para os gregos, o seu nome é Eros, o jovem filho de Ares, o deus da guerra, e de Afrodite, a deusa do amor e da beleza. É descrito como «o mais belo dos deuses» por despertar o amor nos mortais, com o seu arco e flechas.
Na Roma Antiga por seu lado, era conhecido como Cupido, tal como lhe chamamos hoje. Os romanos acreditavam que Cupido era filho de Vénus, a deusa da beleza e do amor, e do mensageiro alado dos deuses, Mercúrio.
A Lenda
Diz a lenda que Cupido teve um grande amor, Psyché, e que se dedicou a unir os corações , por ele próprio ter tido grandes dificuldades em consumá-lo com a sua bela mortal.
Por ciúme da beleza de Psyché, Vénus ordenou a Cupido que fizesse com que a jovem se apaixonasse por um monstro feio. Em vez disso, Cupido enamorou-se de Psyché e colocou-a num palácio, onde a visitava regularmente, apenas com uma condição: por ser mortal, a jovem não podia olhar para Cupido.
Também num ataque de ciúmes, as irmão de Psyché convenceram-na a olhar para ele, e esta, curiosa, fê-lo enquanto Cupido dormia. Mas acordado por uma gota de óleo da lâmpada que caiu no corpo da jovem, ele acordou e castigou-a por o ter desrespeitado.
Sem palácio e sem amante, Psyché procurou Cupido por toda a parte mas só encontrou o templo de Vénus, onde a deusa lhe deu várias tarefas, na promessa de a unir com Cupido.
Psyché cumpriu-as todas com a excepção de uma: numa caixa dada por Vénus, ela deveria guardar alguma da beleza de Perséphone (mulher de Plutão), que se encontrava no mundo dos mortos.
Depois de vários conselhos para não realizar a tarefa e não abrir a caixa, Psyché abriu-a e em vez de entrar a beleza de Perséphone, saiu um sono profundo e mortal que encobriu a jovem.
Quando descobriu o que a sua mãe havia feito, Cupido foi atrás de Psyché, fez uso dos seus poderes e recolocou o «sono mortal» na caixa, trazendo a sua amada de volta à vida, e a quem perdoou.
Comovidos pelas acções e perseverança da jovem, os deuses fizeram dela também uma deusa, para que pudesse passar a eternidade junto do seu amor, Cupido.
A Metáfora
Á semelhança de grande parte dos mitos e lendas que chegam até nós, também esta está carregada de simbolismo. Psyché em grego significa borboleta, e a crusada pela qual a jovem é forçada a passar até se tornar na maos bonita das deusas, representa o percurso da pequena lagarta até se tornar numa borboleta esplendorosa. Em muitas pinturas, Psyché é retratada com grandes asas de borboleta, ao lado de Cupido.
A palavra psyché é também associada à alma. Aqui, o desabrochar da borboleta está ligado à libertação da alma do seu corpo terreno.

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