quinta-feira, 11 de junho de 2009

Quinta-feira 11 de Junho a Igreja comemora o Corpo de Deus

Quinta-feira 11 de Junho a Igreja comemora o Corpo de Deus
Anualmente, os Católicos comemoram, no mês de Maio ou Junho, sempre numa quinta-feira, a data da Instituição da Eucaristia, a festa do Corpo de Deus, antes chamada de "Corpus Christi".
A Igreja celebra, desde o século XIII, esta Festa Eucarística, como participação popular no Mistério d'Aquilo a que os Santos, os Padres da Igreja e os Teólogos, chamaram "Sol dos Sacramentos".

No ano de 1246, Santa Juliana iniciou, na sua comunidade de religiosas, em França, uma celebração em homenagem ao Corpo de Deus, presença real no Sacramento da Eucaristia.
Foi a primeira procissão, de âmbito regional.
A Adoração Eucarística não era muito usual em França, obscurecida pelas heresias cátaras, valdenses e albigenses, e também pelo secularismo mundano.

O teólogo francês Bengário de Tours (século XI) e a seita dos cátaros negaram a presença real de Cristo na Eucaristia.
Em contrapartida, a essas heresias, aconteceram sinais miraculosos em toda a Europa, fazendo explodir a Devoção à Eucaristia, como Presença real.

Há várias maneiras da Igreja professar essa Crença, como a lamparina que indica a Presença de Cristo; a elevação da Hóstia e do Cálice, após a Consagração; os Tabernáculos (Sacrários), Altares e paramentos específicos e ricamente ornados; Confrarias e Irmandades Eucarísticas; Congregações religiosas, que têm como centro a Adoração ao Santíssimo Sacramento; Congressos Eucarísticos nacionais e internacionais, desde o século XIX até hoje, etc.
Tudo isto é feito para professar e proclamar a Presença Real de Cristo na Eucaristia.

Atribui-se a Santo António de Lisboa (+1231), quando das suas pregações, um grande milagre e o surgimento de uma consciência quanto à Presença real de Cristo sob as espécies de Pão e Vinho.
Uma vez, o Santo pregava em Toulouse (França, mas há quem fale em Rímini, Itália), a respeito da Presença Real de Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar:

Um ateu, de nome Bonillo, duvidou e lançou-lhe um desafio:
Só acreditaria se a sua mula se ajoelhasse diante do Ostensório (Custódia).
Frei António ampliou o desafio, mandando que deixassem o animal sem comer durante três dias, e, no final desse tempo, lhe fosse apresentado um monte de erva, ao lado da Sagrada Eucaristia.
No final do terceiro dia, a mula foi solta e, passando pelo monte de feno e aveia, foi ajoelhar-se em frente de Jesus Eucarístico.

Esta história encontra-se registada na Legenda Rigaldina, do século XIV.
A iniciativa de Santa Juliana, em honra do Santíssimo Sacramento, pode ter sido decorrente da semente deixada por Santo António naquela região, vinte anos antes.

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