quarta-feira, 18 de março de 2009

Diagnósticos de depressão tendem a aumentar em tempo de crise

Diagnósticos de depressão tendem a aumentar em tempo de crise
Os diagnósticos de depressão tendem a aumentar com a crise e são muitas vezes os médicos de família que detectam a patologia devido à proximidade com os doentes.
«Os portugueses são muito afectados pela depressão, sobretudo em alturas de crise e aumento do desemprego», diz o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), Luís Pisco, acrescentando que na generalidade dos casos o médico de família está apto a tratar doentes depressivos.

O tema da depressão nos Cuidados de Saúde Primários é um dos mais debatidos no 26.º Encontro Nacional de Clínica Geral, que reunirá cerca de dois mil médicos entre esta quarta-feira e sábado, em Vilamoura.

O encontro, cuja sessão de abertura conta com a presença da ministra da Saúde, Ana Jorge, visa promover a partilha de experiências entre os médicos de família e o debate de temas relacionados com os cuidados primários.

A ansiedade e depressão é uma das patologias que preocupa os médicos de família, que, enquanto profissionais de primeira linha, consultam muitos doentes aos quais acabam por atribuir esse diagnóstico.

«Consegue fazer-se o diagnóstico e a terapêutica sem problema», afirma Luís Pisco, sublinhando que até é mais simples para os médicos de clínica geral lidar com a situação, já que normalmente conhecem o meio em que a pessoa se insere.

Apesar de não haver dados que o indiquem concretamente, os médicos de família têm-se apercebido de mais situações de depressão nos seus doentes, o que pode estar relacionado com o momento de crise, diz o médico.

A prevenção e abordagem da obesidade pediátrica, a reforma dos cuidados de saúde primários e problemas ligados ao álcool estarão também em debate no encontro.

2009-03-18

Fonte: Agência Lusa

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